A suficiência da Graça de Deus

A suficiência da Graça de Deus

"E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza."
2 Coríntios 12:9a


        É importante sempre lembrarmos que o Senhor, mais do que ninguém, nos conhece profundamente.
        Deus consegue ver defeitos dentro de nós que nem nós mesmos sabemos que temos; defeitos esses que por muitas vezes estão adormecidos a ponto de qualquer momento serem despertados se algo vier a acontecer.
        Sabendo disso, Deus usa de sua grande sabedoria para manter esses defeitos controlados dentro de nós. O problema é que na maioria das vezes, nós, não entendemos a forma de agir de Deus; e chegamos até a questiona-lo, a achar que não se importa conosco e até a achar que estamos sozinhos em meio a dor.
        Diante disso, o profeta Isaías escreve: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor (Isaías55:8)." O que entendemos é que o agir de Deus em nossa vida, por muitas vezes, não iremos compreender, pois o nosso querer é diferente do querer Dele.
        Na segunda carta aos Coríntios, Paulo diz que, catorze anos antes, um homem (se referindo a ele mesmo), foi arrebatado até ao terceiro céu; esse homem, ou melhor, Paulo teve a grandiosa oportunidade de ser levado (arrebatado) até ao lugar da habitação de Deus. O apóstolo viu o paraíso com os seus próprios olhos e ouviu palavras que por ele não era permitido falar a ninguém. Mediante a essa grande experiência, mais tarde Paulo diz que logo após ele recebe em seu corpo "um algo" nomeado por ele como sendo um "espinho na carne".
        Muitos teólogos e estudiosos da Bíblia tentam trazer à luz qual era esse espinho na carne de Paulo. Uns dizem ser uma doença, outros dizem ser uma perseguição espiritual, outros dizem ser uma sequela trazida em seu corpo em decorrência de algum apedrejamento, e assim as especulações vão adiante.
        Paulo não deixa claro o que era esse espinho, mas ele enfatiza dizendo o porque dele, pois ele mesmo diz: "Para que me não exaltasse pelas excelências das revelações (v7)".
        Não importa saber qual era esse espinho, ou de que natureza ele era, mas o que fica claro aqui saber é que esse espinho foi dado a Paulo para mantê-lo humilde diante de Deus.
Paulo talvez não sabia, mas dentro dele estava adormecido um sentimento de exaltação que poderia afastá-lo de Deus.
        A sabedoria de Deus é tão grande a ponto de saber equilibrar em nossa vida até as bênçãos dadas por Ele a nós. Assim sendo, Deus cria ou permite situações em nossa vida para que não venhamos sair de seus caminhos.
        Paulo declara que por três vezes ele ora pedindo a Deus que aquele mal se desviasse dele (v8). Fica assim claro que até mesmo Paulo, um homem tão cheio do poder de Deus, por alguns momentos ficou sem entender o agir de Deus em sua vida. A insistência em orar para que Deus tirasse dele aquele espinho mostra que ele não estava entendendo o porque daquele sofrimento.
        Lendo esse trecho da carta de Paulo, fazemos uma reflexão também de nossas vidas. E relembramos: quantas vezes já não oramos insistentemente questionando a Deus o porque da nossas aflições? ou, quantas vezes já não pedimos e pedimos para Deus que nos tirasse de uma determinada situação?
        Diante disso, também nos lembramos que em alguns de nossos questionamentos Deus se manteve em silêncio. E foi isso que aconteceu com Paulo; notemos que para obter uma resposta de Deus, ele teve que orar por três vezes, ou seja, ouve uma insistência da parte de Paulo. Isso mostra que o apóstolo não estava entendendo o sentido de seu sofrimento.
        Depois de algum tempo Deus responde a oração de Paulo, mas a resposta que Deus dar a ele não era aquela que Paulo queria ouvir mas aquela que ele precisava ouvir naquele momento.
        Deus diz a Paulo: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza."
        Paulo queria que Deus tirasse dele aquele espinho. Paulo queria um escape. Paulo queria um alívio. O querer de Paulo era um mas o querer de Deus era outro.
        Para Paulo aquele sofrimento não tinha sentido, mas para Deus aquilo era o que mantinha Paulo mais próximo dele!
        Deus diz: Paulo, a minha graça te basta!
        A graça é a presença, a graça é o favor, a graça é o poder de Deus!
        O que Deus estava dizendo para Paulo era: O espinho pode estar doendo, mas a minha graça está sendo derramada sobre você. O espinho causa fraqueza mas meu poder se aperfeiçoa ainda mais em você. O espinho pode incomodar mas é ele que te mantêm de pé diante de mim! Aleluia!
        Logo em seguida Paulo não mais ora para que o espinho seja retirado, ao contrario, Paulo agora diz que sente prazer em suas fraquezas, em ser injuriado, em passar necessidades, em ser perseguido e em ser angustiado por amor de Cristo.
        Quando passamos a compreender o plano de Deus para cada um de nós e que ele controla tudo o que acontece conosco, a murmuração perde espaço em nossa vida e começamos a glorificar mais a Deus em todas as situações de nossas vidas, sabendo que para tudo Deus tem um propósito.




escrito por: 
Pr. Adonias Nascimento
M.M.L. Yeshua Hamashiach

Manacapuru/Am

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